Conheça alguns livros essenciais da literatura brasileira.

A revista “Bravo” (Ed. Abril) colocou nas bancas, recentemente, edição especial em que enumera 100 livros que considera incontornáveis. São romances (a maioria), livros de poemas, peças de teatro e seleções de contos e crônicas. Mas também integram a lista, por exemplo, cartas (“Cartas chilenas”, de Tomás Antônio Gonzaga), prédicas religiosas (“Sermões”, do Padre Vieira) e literatura infantil (a série do “Pica-pau amarelo”, de Monteiro Lobato).

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Você já leu um miniconto?

Definido como um conto muito pequeno, o miniconto costuma ser associado ao minimalismo. Sua principal característica é a concisão, em que os fatos ficam subentendidos, cabendo ao leitor, muitas vezes, preencher as indeterminações do enunciado. Augusto Monterroso (1921-2003), guatemalteco, é um dos escritores mais representativos das narrativas breves e hiperbreves. O humor e a ironia são marcas características do autor; em uma de suas obras, “La oveja negra y demás fábulas”, é possível ler o seguinte miniconto:

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Você sabe o que foi o “Sturm und drang”?

Tratou-se de um movimento literário ocorrido na Alemanha no final do século XVIII. O nome, que pode ser traduzido como “tempestade e ímpeto”, deriva da peça homônima de Friedrich Klinger (1752-1831). Estendendo-se a outros setores da cultura, o “Sturm und drang” era marcado por combater a influência francesa na cultura alemã. Seus seguidores resgataram a poesia da Bíblia, de Homero e do folclore nacional, deixando de lado o preciosismo da métrica da poesia francesa. Opondo-se ao Classicismo, a essência do movimento consistiu na criação baseada no impulso irracional, característica comum às estéticas românticas. Além de Klinger, destacaram-se nomes como os de Johan von Goethe (1749-1832), Jacob Lenz (1751-1792) e Friedrich Schiller (1759-1805).

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O que é um anti-herói?

Trata-se de uma expressão utilizada em oposição ao conceito de herói. A personagem anti-heroica, em contraposição ao protagonista idealizado, caracteriza-se por ser desprovida das qualidades e virtudes geralmente atribuídas à figura ficcional central. Um exemplo de “anti-herói” clássico da literatura brasileira é Macunaíma, de Mário de Andrade. Não por acaso, o romance tem, como subtítulo, a expressão “herói sem nenhum caráter”. Iniciada de modo irônico – “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite” –, a narrativa apresenta um protagonista híbrido (mistura de branco, negro e índio), cuja frase característica é: “Ai que preguiça!”. Continue lendo ›