A desestabilizadora voz poética de Denice Frohman

A poesia da estadunidense Denice Frohman não se encontra em prateleiras ou em e-books. Nem por isso seus versos se mostram menos fortes. Ao contrário. Sua voz poética é uma voz também no sentido literal. Ocupa auditórios universitários, protestos de rua e o YouTube. Em 2013, lançou um álbum de áudio com seus poemas, Feels Like Home.

Sua voz (ou suas vozes) também ressoa em meios intelectuais. Recebeu prêmios e bolsas como o Canto Mundo Fellow e o National Association of Latino Art & Cultures Fund for the Arts, ambos em 2014. Ensina poesia e faz palestras sobre criação literária em universidades estadunidenses, além de realizar turnês pelo país para “performar” seus textos. E para desestabilizar.

Denice Frohman fala em seus poemas dos chamados underdogs da cultura contemporânea: negros, latinos, gays e lésbicas. Segundo a graduanda de Letras da PUCRS Maria Eugênia Bonocore, a poeta, compositora e educadora representa uma perspectiva queer – pensamento surgido no fim dos anos 1980 e que se ocupa em questionar, derrubar a desestabilizar as categorias de identidade, sexualidade e sujeito na contemporaneidade.

“A força afetiva da obra de Frohman é ideal para tratar de um assunto frágil e emergencial como oqueer, sem, em nenhum momento, tirar-lhe a seriedade, a urgência e principalmente a humanidade”, diz Bonocore, que nessa semana defende um trabalho de conclusão de curso sobre a autora.

Denice_Frohman

Autoria: Luís Roberto Amabile
Doutorando da Faculdade de Letras / PUCRS
Colaboração:
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