Você conhece as ilhas misteriosas da literatura?

As ilhas estão presentes na literatura como lugares repletos de mistérios, habitados por criaturas exóticas, onde existem poderes estranhos e acontecimentos inesperados. Isto é, uma ilha não é apenas “um pedaço de terra cercado de água por todos os lados”.

A primeira ilha que podemos lembrar é a ilha de Calipso (feiticeira da mitologia grega), lugar onde Odisseu consegue chegar depois do naufrágio de seu navio na viagem de volta para casa. Lá ele se torna amante da feiticeira que o manteve em cativeiro por sete anos. Odisseu e Calipso são personagens da “Odisseia” de Homero.

Considerada a última peça de Shakespeare (1564-1616), “A tempestade” tem como cenário uma ilha, onde o duque de Milão Próspero e sua filha Miranda estão exilados, são moradores dessa ilha ninfas e espíritos que ora ajudam, ora complicam a vida das outras personagens, e o misterioso Caliban, um ser maldoso e deformado.

Lilliput por sua vez é a ilha criada por Jonathan Swift (1667-1745) em “As viagens de Gulliver”. A ilha era habitada por seres muito pequenos que viviam brigando por bobagens. Outras ilhas aparecem na narrativa de Swift, como Laputa, onde o povo só se interessava por matemática e música.

“O senhor das moscas” de William Golding (1911-1993) é a história de um grupo de meninos que sofre um acidente de avião e acabam refugiados em uma ilha, onde coisas sinistras acontecem. Sons estranhos, insurreições entre as crianças e misteriosas mortes, que teriam sido ordenadas pelo Senhor das moscas, também um habitante da ilha.

Autoria: Gabriela Silva
Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Colaboração:
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