Conheça o Patrono da Feira 2009!

Após sete indicações sucessivas, desde 2003, o jornalista e autor de livros infanto-juvenis, Carlos Urbim foi escolhido o patrono da 55ª Feira do Livro de Porto Alegre, que acontece de 30 de outubro a 15 de novembro, na Praça da Alfândega. Nascido em Santana do Livramento, em 4 de fevereiro de 1948, Urbim escreveu alguns dos livros mais conhecidos da literatura infanto-juvenil sul-rio-grandense, como “Um guri daltônico” e “Uma graça de traça”, e trabalha há anos para os veículos da RBS: já foi editor do Caderno de Cultura e do Segundo Caderno, ambos de “Zero Hora”, e atualmente trabalha na pesquisa e na produção de textos para documentários e programas especiais da RBSTV. Carlos Urbim sucederá o romancista, contista e professor da PUCRS Charles Kiefer, patrono da feira literária porto-alegrense do ano passado.

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Você conhece o Antônio Chimango?

“Antônio Chimango” é um poema narrativo escrito por Amaro Juvenal, pseudônimo do político Ramiro Barcelos (1851-1916). Publicado em 1915, seu alvo direto é Antônio Augusto Borges de Medeiros, governador (à época, chamado de presidente) do Rio Grande do Sul, pertencente ao Partido Republicano Rio-Grandense. Ramiro Barcelos escreveu o “poemeto campestre”, entre outros motivos, por causa do apoio de Borges de Medeiros à candidatura de Hermes da Fonseca ao Senado da República, em detrimento da candidatura do próprio Barcelos.
O texto constitui-se de 213 sextilhas, num total de 1.278 versos, que se distribuem em cinco rondas, ou cantos, que se dividem em duas instâncias narrativas: na primeira, um narrador em terceira pessoa conta episódios que envolvem tropeiros, em especial o Tio Lautério, velho gaúcho; na segunda, Lautério assume a narração, para contar a vida de Antônio Chimango (na verdade, Borges de Medeiros), sujeito fraco, mesquinho, covarde – ou seja, um anti-herói, um antigaúcho.

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Você acredita em amor por correspondência?

O consagrado autor francês de “Eugênia Grandet” (1833), “O pai Goriot” (1835) e “As ilusões perdidas” (1843), entre outros romances, correspondeu-se por mais de quinze anos com sua futura esposa, a condessa Eveline Hanska. Segundo consta, em 1832, ele teria recebido a carta de uma admiradora que se intitulou “A estrangeira”. Mais tarde, o escritor descobriu que se tratava de uma condessa polonesa, casada e infeliz. Os dois se encontraram pela primeira vez na Suíça e, a seguir, tornaram-se amantes. Durante anos o vínculo foi mantido por meio de inúmeras cartas e encontros fugazes; o que não impediu o autor de vivenciar outros relacionamentos amorosos. É curioso observar que quando o marido da condessa Eveline morreu, em 1841, o romancista não se casou imediatamente com a viúva, tendo o matrimônio ocorrido apenas em 1850, poucos meses antes do falecimento de Balzac.

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Que escritor brasileiro guiou Sartre e Simone de Beauvoir no Brasil?

O famoso casal de pensadores, Sartre e Simone de Beauvoir, visitou o Brasil em 1960, a convite de Jorge Amado e outros intelectuais. O escritor baiano foi o responsável por ciceronear os escritores durante os dois meses em que viajaram pelo País. No Rio de Janeiro, Simone fez uma conferência sobre a condição da mulher, enquanto Sartre falou sobre a recente Revolução Cubana (1959) e sobre a Argélia, território que, ainda sob o domínio francês, lutava por sua independência. Em Brasília, Simone e Sartre foram recebidos pelo presidente Juscelino Kubitschek, e, em São Paulo, fizeram uma conferência para a imprensa, concedendo uma entrevista para a TV. Ressalte-se ainda que o casal foi abordado e saudado nas ruas pelos estudantes brasileiros, conscientes da importância intelectual dos franceses.

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