Conheça o lado místico de Fernando Pessoa.

O poeta português Fernando Pessoa, um verdadeiro mago das palavras, interessava-se bastante pelos assuntos relativos ao misticismo: espiritismo, cabala, maçonaria, astrologia. Esta última talvez fosse um dos seus assuntos preferidos, tanto que fez o seu mapa astral e o de seus heterônimos, e também previu (e errou) o momento de sua morte, de acordo com os astros. A curiosidade com o zodíaco levou Pessoa a encontrar o polêmico místico britânico Aleister Crowley (1875-1947), que fez a cabeça de muita gente, incluindo John Lennon e Raul Seixas. Em 1930, após uma troca de cartas, Crowley foi a Portugal, onde passou duas semanas. Nesse período, encontrou-se duas vezes com o poeta dos heterônimos, oportunidade em que combinaram de encenar o suicídio do mago inglês, no Cabo das Rocas, em Cascais, sob a justificativa de “animar Lisboa”. No momento em que Crowley cruzava a fronteira país português, saía num jornal lisboeta a notícia, com necrológio assinado por Pessoa!

Continue lendo ›

Conheça os principais cronistas brasileiros

Estabelecida, no Brasil, em meados do século XIX, a crônica configura-se como um gênero hibrido, que dialoga com o jornalismo, com a prosa de ficção e com a poesia. Tendo como precursores escritores como José de Alencar e Machado de Assis, o gênero contou também com a contribuição, no início do século XX, de Olavo Bilac, João do Rio e Lima Barreto. Junto com o Modernismo, uma nova geração de cronistas ganhou espaço, tornando o Brasil um dos países mais profícuos no gênero: Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Rubem Braga, Joel Silveira, Raquel de Queiroz, Nelson Rodrigues, Eneida, Carlos Drummond de Andrade, seguidos de José Carlos de Oliveira, Antônio Maria, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Luis Fernando Veríssimo, entre outros. Continue lendo ›

Você sabe o que é o “teatro do absurdo”?

Trata-se de uma expressão criada, em 1961, pelo teórico Martin Esslin, para definir o teatro proposto por autores como Samuel Beckett, Eugène Ionesco, Arthur Adamov e Jean Genet, entre outros. A estética, que teve o seu auge na década de 1950, tem algumas características principais: reage contra a camisa-de-força do realismo, apresentando situações inusitadas ou ilógicas; não pretende contar uma história, mas comunicar uma configuração de imagens poéticas; tende a ter uma estrutura circular, terminando como começou ou progredindo apenas para uma crescente intensificação da situação inicial; não propõe teses, nem debate proposições ideológicas; expressa trágica sensação de perda diante do desabamento de certezas absolutas; apresenta uma linguagem que não tem sentido convencional; além de mostrar o homem confrontado com a realidade última de sua condição. A peça “Esperando Godot”, escrita em 1953 por Beckett, é um exemplo claro dessa estética.

Continue lendo ›

Você sabe qual é o romance mais longo da história?

Trata-se de “Em busca do tempo perdido” do autor francês Marcel Proust (1871-1922), obra em sete volumes, que totaliza cerca de 3.000 páginas. O primeiro volume, dos sete que compõem a série, intitula-se “No caminho de Swann” e foi escrito em 1912; após, seguiram-se “À sombra das raparigas em flor” (1919); “O caminho de Guermantes”, originalmente publicado em dois volumes, em 1920 e 1921; “Sodoma e Gomorra”, também em dois volumes, de 1921 e 1922; “A prisioneira”, publicado postumamente, em 1923; “A fugitiva”, de 1927; e o “O tempo redescoberto”, de 1927.

Continue lendo ›