Você acredita em tendência genética ao suicídio?

Considerado um dos escritores americanos mais populares do século XX, Ernest Hemingway (1898-1961) apresenta um histórico familiar trágico no que se refere à prática do suicídio. Como se sabe, o autor de “O sol também se levanta”, “Adeus às armas” e “Por quem os sinos dobram”, entre outros, suicidou-se com um tiro na cabeça no dia 2 de julho de 1961. O intrigante, todavia, é que Hemingway não foi o único de sua família a tirar a própria vida. Além dele, seu pai, Clarence, seus irmãos, Ursula e Leicester, e sua neta, Margaux, também cometeram suicídio, dado que leva à indagação acerca de uma possível tendência genética que possa ter influenciado nas drásticas resoluções. Embora existam estudos, vinculados à disfunção da substância serotonina no organismo, que apontem para uma tendência genética ao suicídio, não existem ainda dados conclusivos. O que se sabe é que o suicídio é mais recorrente em certas famílias do que em outras.

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Você sabe o porquê da reclusão de Emily Dickinson?

Nascida em Amherst, pequena cidade perto de Boston, Massachussetts, Emily Elizabeth Dickinson (1830-1886) foi uma das grandes poetas americanas do século XIX. Denominada por alguns como “a grande reclusa”, Emily nasceu e morreu na mesma propriedade, uma mansão na rua principal de Amherst, sem nunca ter se casado. Dizem que, depois de adulta, ficou cerca de 25 anos sem sair de casa, evitando visitas e faltando, inclusive, ao enterro dos pais. Alguns críticos atribuem essa postura de isolamento a frustrações no campo afetivo; entre seus amores estariam homens mais velhos, alguns casados, frequentadores da casa dos pais, como o editor Samuel Bowles, o juiz Otis Lord e o pastor Charles Wadsworth. Outros acreditam que a autora tenha tido uma paixão secreta por sua cunhada e vizinha, Susan Gilbert. Há ainda quem atribua a voluntária solidão de Dickinson a razões menos românticas. Segundo essas fontes, ela sofreria de um distúrbio renal crônico, suscetível de provocar incontinência urinária e mau cheiro corporal. Levando em conta que na época não existiam medicamentos adequados para o problema, essa pode ter sido de fato a prosaica justificativa para o enclausuramento da poetisa. Outra curiosidade é que Emily não publicou mais do que dez poemas em vida, sendo a sua obra verdadeiramente reconhecida após a sua morte.

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Conhece Os PoETs?

Os PoETs é um grupo musical porto-alegrense, formado por Alexandre Brito, Ricardo Silvestrin e Ronald Augusto. Os integrantes da banda são também poetas, por isso o nome, que está explicado na letra do “Hino dos PoETs”: “Chegou a hora da grande revelação / Todos os poetas ETs são / Qualquer um pode ver / Dentro da palavra poETa tem um ET”.

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Você sabe quem foi o primeiro latino-americano a ganhar o Nobel de Literatura?

O primeiro Prêmio Nobel de Literatura concedido a alguém da América Latina foi destinado para uma mulher, a chilena Lucila Godoy Alcayaga (1889-1957), conhecida pelo pseudônimo de Gabriela Mistral, no ano de 1945. A obra mais conhecida da autora é “Sonetos de la muerte”, marcada pelo impacto da dolorosa experiência do suicídio de seu noivo. Nos sonetos, o eu-lírico de Mistral manifesta um desejo de acolhimento em relação ao ser que se foi. Outro dado curioso é que o polêmico Prêmio Nobel de Literatura, criado em 1901 e criticado por não contemplar vários escritores importantes, só referendou quatro outros latino-americanos, além de Mistral: o guatemalteco Miguel Angel Asturias (1967), o também chileno Pablo Neruda (1971), o colombiano Gabriel García Márquez (1982) e o mexicano Octavio Paz (1990).

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