Hemingway e Faulkner já trabalharam juntos?

Uma Aventura na Martinica (1944), filme de Howard Hawks

Sobre Hemingway, Faulkner uma vez disse (em tradução livre): “ele nunca foi conhecido por usar uma palavra que fizesse o leitor procurar um dicionário”. Hemingway, por sua vez, respondeu no mesmo tom desaforado: “Pobre Faulkner, ele realmente pensa que grandes emoções vêm de palavras grandes?”. De fato, os dois não se gostavam nem um pouco – a rivalidade, por exemplo, está documentada no livro Faulkner and Hemingway: biography of a literary rivalry, de Joseph Fruscione –, mas Hollywood, essa apaziguadora de ânimos em nome da arte, fez com que eles enfim “trabalhassem juntos”.

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Minha Biblioteca – Nova coleção de e-books

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A Biblioteca Central está disponibilizando uma nova coleção de e-books, com aproximadamente 6.000 títulos em língua portuguesa, abrangendo as áreas de Ciências da Saúde, Biológicas, Jurídicas, Exatas, Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, publicados pelas editoras Atlas, Saraiva, Grupo A e Grupo GEN, entre outras.
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Quem foi a Nadja de André Breton?

Trecho da obra de André Breton. Reprodução

O ano é o de 1962, estamos no outono. Nos arredores da Opéra de Paris, pobremente vestida, uma mulher caminha sem rumo certo: “Vai de cabeça erguida, ao contrário de todos os passantes. Tão frágil que mal toca o solo ao pisar. Um sorriso imperceptível erra talvez em seu rosto”. Este é o primeiro encontro de André Breton, o personagem-narrador-autor de Nadja (1928), com a mulher que empresta o nome ao livro. Os encontros se repetirão, entre a casualidade e a necessidade, por cerca de dez dias.

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Kerouac casou por encomenda?

Jack Kerouac por Tom Palumbo, década de 1950

Sim, sim, sim, é possível dizer que Jack Kerouac casou por encomenda: os “loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos”, os beats, como ele escreveu em On The Road (tradução de Eduardo Bueno), podem até ter queimado em “fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações em cujo centro fervilhante […] pode-se ver um brilho azul e intenso”, mas, enquanto inflamavam a literatura norte-americana em meados do século XX, eles também se envolveram em arranjos sociais quase oitocentistas pelos motivos mais estapafúrdios. No caso do escritor de origem franco-canadense, por exemplo, o matrimônio serviu para livrá-lo da prisão.

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