Em 2006, na cidade mexicana de Nezahualcóyotl, o governo municipal escolheu uma ação curiosa para o aprimoramento do efetivo policial: incentivar a leitura. A cidade já teve o maior índice de criminalidade em uma área metropolitana violenta, e a corrupção e a brutalidade da força policial eram apontados como um dos agravantes da insegurança municipal. Com a justificativa de que isto poderia melhorar o cenário, o governo enviou uma lista de obras literárias como “sugestões” oficiais para os agentes em serviço. Entre os livros escolhidos, estavam Dom Quixote, Pedro Páramo, Aura, O labirinto da solidão, Cem anos de solidão, O pequeno príncipe, contos de Edgar Allan Poe.