Agatha Christie (1890-1976) publicou contos, peças e romances policiais tão amados pelo público que a inglesa entrou para o Guinness Book of World Records, o livro dos recordes, como a escritora de ficção mais vendida de todos os tempos. Traduzida para mais de cem idiomas, Agatha Christie ficou famosa pelas tramas de mistério e suspense, cheias de suspeitos, pistas falsas, criminosos excêntricos e detetives inesquecíveis, como a velhinha Miss Marple e o belga metódico Hercule Poirot. O Misterioso Caso de Styles, livro de estréia, apresentou já em 1920 este que seria um dos mais famosos detetives da ficção, protagonista de muitos romances da autora. As adaptações para o cinema e para tevê coroaram Agatha Christie como a “Rainha do Crime”.
Vencedor do prêmio Portugal Telecom de 2005,Os lados do círculo (Companhia das Letras, 2004), consagrou Amílcar Bettega Barbosa como um dos melhores contistas de língua portuguesa. O livro foi o segundo que Amílcar escreveu. Porém foi o terceiro a ser publicado. O motivo é que nenhuma editora se interessava por ele.
Rainer Maria Rilke (Praga, 1875-1926) dedicava tempo abundante para sua correspondência, e ela se tornou célebre pelo lirismo e por ricas reflexões não apenas sobre a literatura, mas sobre a criação artística em geral. São conhecidas suas “Cartas sobre Cézanne”, que trocou com a esposa Clara Westhoff, ou a correspondência com a intelectual russa Lou Andreas-Salomé. O que mais ganhou o coração dos leitores de todo mundo, no entanto, foram as chamadas “Cartas a um jovem poeta”, publicadas em 1929, três anos após a morte de Rilke, pelo jovem Franz Xaver Kappus.
Um foi apolítico e não se levantou contra a ditadura argentina nos anos 1970, outro foi de esquerda. Um é conhecido como gênio no exterior, mas o outro é mais querido na Argentina. Um sempre tinha a barba feita e os cabelos bem penteados, outro era barbudo e desgrenhado. Um escrevia de forma ordeira e planejada, o outro era bem mais intuitivo.