“Esse jovem narrador apresenta liricamente e cruelmente um rol de personagens que permaneceram fora da festa da vida, pois são seres-refugo normalmente invisíveis devido às táticas de amnésia social que permeiam o nosso analfabetismo afetivo contemporâneo”, escreve o professor da Faculdade de Letras da PUCRS Ricardo Barberena na apresentação do romance O Beijo na parede, de Jeferson Tenório. O livro, a estreia de Tenório, transporta o leitor para o mundo João, um menino de 11 anos, que narra suas dores e desamparos. Na entrevista a seguir, o autor reflete sobre sua criação.