Um diálogo sobre o jovem Werther

Os sofrimentos do jovem Werther (1774) foi muito popular em seu tempo. Inspirou mesmo uma onda de suicídios pela Europa – devido ao seu amor impossível pela prima Carlota, o protagonista se mata com um tiro de pistola. O crítico e escritor Marcelo Backes crava que a literatura alemã divide-se em antes e depois de Werther. Alteia que o romance epistolar de Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) deu início à prosa moderna na Alemanha e ainda antecipou o romance burguês do século 19. Como fazem muitos especialistas, não se cansa de elogiar: “Werther é um fulgor, um raio atravessando o horizonte da Literatura Universal. Construído sobre um arcabouço quase dramático, o acontecimentos sucedem-se num crescendo quase martirizante, anunciando e preparando a catástrofe”.

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Um sanduíche com Allen Ginsberg

Em 1969, Patti Smith encontrou Allen Ginsberg em uma cafeteria em Nova York. Ela estava tentando comprar um sanduíche dez centavos mais caro do que as moedas que trazia no bolso. Ginsberg, para ela “um dos grandes poetas e ativistas do país”, ofereceu-se para pagar o restante – e ainda a chamou para sentar. Deu tempo de falarem de Walt Whitman, até Ginsberg chegar mais perto e perguntar:

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A segunda vez da Carol Bensimon

O primeiro romance de Carol Bensimon (Sinuca embaixo d’Água) foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e do Jabuti de 2010. Antes, as três histórias de Pó de parede já haviam chamado a atenção – o livro foi finalista do Açorianos 2008 na categoria Contos – para a jovem (nascida em 1982) escritora porto-alegrense. Agora, Carol, que no ano passado foi incluída pela revista inglesa Granta no volume “Os melhores jovens escritores brasileiros”, lança seu segundo romance. É sobre esse livro, o esperado Todos nós adorávamos caubóis (Companhia das Letras), que ela falou à coluna.

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Are you sure?

Filomena Marona Beja, escritora portuguesa, estreou na ficção com o romance As cidadãs, em 1998. Autora discreta, quase dez anos depois ficou surpresa ao receber, por A cova do lagarto, o Grande Prêmio de Romance e Novela APE/DGLB. Atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores desde 1982, é considerado um dos mais importantes prêmios nacionais, já tendo prestigiado nomes como José Saramago, Antonio Lobo Antunes, Agustina Bessa Luís, Gonçalo Tavares e Mário de Carvalho.

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O romance de estreia de Jeferson Tenório

“Esse jovem narrador apresenta liricamente e cruelmente um rol de personagens que permaneceram fora da festa da vida, pois são seres-refugo normalmente invisíveis devido às táticas de amnésia social que permeiam o nosso analfabetismo afetivo contemporâneo”, escreve o professor da Faculdade de Letras da PUCRS Ricardo Barberena na apresentação do romance O Beijo na parede, de Jeferson Tenório. O livro, a estreia de Tenório, transporta o leitor para o mundo João, um menino de 11 anos, que narra suas dores e desamparos. Na entrevista a seguir, o autor reflete sobre sua criação.

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André Sant’Anna, que seria qualquer coisa, menos escritor

O seu pai é escritor. Você o vê diariamente num quarto, sentado à máquina de escrever, ignorando a beleza do dia lá fora. O seu pai está lutando para transformar em livros, em contos, principalmente, as boas ideias que teve. Que escrever é isso: o legal é na hora que se tem a ideia, fica-se feliz com ela. Depois é trabalho, muito, você vê o seu pai lá, quieto, só o barulho de suas mãos ao datilografar, ele parece deprimido e você pensa que aquilo não é para você.

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