Você sabe que obra sobre gatos inspirou um famoso musical da Broadway?

O musical Cats estreou no West End em 1981. Hoje é o segundo show mais duradouro na história da Broadway, onde se apresentou no ano seguinte. Ele foi traduzido e encenado do Japão ao Brasil, em uma centena de cidades no mundo, e ganhou prêmios como o Tony Awards e o Laurence Olivier. Composto por Andrew Lloyd Webber, Cats é baseado num livro infantil de T. S. Eliot, Old Possum’s Book of Practical Cats, de 1939.

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Você sabe o que João Cabral “lia” nos últimos dias de vida?

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) ficou reconhecido pelo rigor formal e pela busca de uma arquitetura concreta e precisa para o fazer poético, evitando o sentimentalismo. Essa vertente de sua obra, que já flertou também com o surrealismo e a poesia popular, pode ser bem percebida em trabalhos como o seminal A Educação pela Pedra (1965) ou Psicologia da Composição (1947). A leitura de seus livros permite entender por que suas propostas (e a realização primorosa delas) chamaram atenção no Brasil da época, onde predominava a lírica confessional. Tornou-se um dos mais importantes poetas brasileiros.

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Você conhece Oskar Schell?

Nesta semana faria 11 anos que o pai de Oskar Schell morreu. Naquela terça-feira, 11 de setembro de 2001, Oskar, como sempre, foi à escola; seu pai tinha uma reunião no World Trade Center. As aulas foram suspensas, e os alunos liberados. Ao chegar em casa, às 10h18 (ele vivia olhando no seu relógio de pulso), o apartamento estava muito vazio e silencioso, Oskar fez um carinho no Buckminster, o seu gato, para mostrar que o amava, e foi checar as mensagens na secretaria eletrônica. Havia várias mensagens de seu pai. Ele ligava do World Trade Center, tinha acontecido alguma coisa lá, ainda não sabia o quê. As mensagens ficavam cada vez mais desesperadas.

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Você sabia que o corvo de Poe foi inspirado na ave de outro escritor?

Em “A filosofia da composição”, de 1845, Edgar Allan Poe descreve o processo de composição de seu poema mais famoso, “O corvo”. A obra, de grande musicalidade e estilização, tornou-se uma das mais importantes da poesia americana. Ela foi traduzida por escritores do quilate de Charles Baudelaire e Stéphane Mallarmé, que foram conquistados pelas rimas internas e pelos jogos fonéticos de “O corvo”, bem como pelo romantismo negro, pelas alegorias e pelos símbolos. Em língua portuguesa, traduções partiram da iniciativa de admiradores como Machado de Assis e Fernando Pessoa.

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Qual o maior perigo para um escritor-caçador?

Ernest Hemingway (1999-1961) adorava caçar. Na infância, eram os peixes, num grande e generoso rio, ou lago, no recanto de férias de sua família.

Foi na adolescência que se interessou pela árdua caça às palavras. Sofria para encontrá-las e depois encaixar umas nas outras. Às vezes, pareciam na mira, mas escapavam. Ele persistia. Com o tempo, tornou-se um caçador exímio. Tanto que ganhou troféus como o Nobel e o Pulitzer.

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Você sabe em que romance foi inspirado o nome quark, da física quântica?

No universo da física de partículas, o quark é um dos blocos construtores fundamentais da matéria. Murray Gell-Mann, físico nova-iorquino nascido em 1929, deu tal nome para essas partículas subatômicas em referência aos brados de escárnio que três aves marinhas enviam ao rei Mark, lá pela metade do romance Finnegans Wake, de James Joyce (1882-1941). A frase original é: “Three quarks for Muster Mark!”.

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Quem tem medo de falar da guerrilha do Araguaia?

Entre os vários méritos de Azul Corvo, de Adriana Lisboa, está o de provavelmente ser o primeiro romance a tratar da guerrilha do Araguaia. Como os arquivos oficiais continuam interditados para consultas, restam ainda muitas lacunas sobre esse movimento do final dos anos 1960 e começo dos anos 1970, que pretendia derrubar a ditadura e instaurar o socialismo no Brasil.

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Você sabe por que o livro de Burroughs se chama Almoço nu?

Almoço nu (1959), livro alucinante e controverso de William Burroughs, acompanha as experiências de William Lee e outros personagens pelos Estados Unidos, pelo México, por Tanger e eventualmente pela Interzona, espaço para além da geografia. O que importa, porém, não são os lugares, a trama e nem mesmo os personagens, mas embarcar no fluxo da narrativa permeada de reflexões, críticas sociais e políticas, descrições de estados alterados de consciência, viagens que influenciaram fortemente a contracultura. Na introdução, o autor apresenta a obra como “anotações detalhadas do delírio e da doença”, evocando a dependência de drogas vivida por quinze anos. Objeto de uma das maiores disputas judiciais recentes sobre literatura e obscenidade, Almoço nu tornou-se o livro mais importante de Burroughs e uma referência na literatura pós-moderna.

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