Monteiro Lobato (1882-1948), não escreveu apenas literatura infantil. O pai da Emília e do Visconde de Sabugosa percorreu a poesia japonesa, especificamente o haicai. O autor escreveu um dos primeiros textos sobre o gênero, que foi publicado no jornal O Minarete em 1906. Era assinado por Hélio Bruma, um dos inúmeros pseudônimos utilizados por Lobato. O artigo é inovador por revelar o haicai ao leitor brasileiro.
A palavra “lírica” vem de lira, instrumento musical utilizado pelos gregos a partir do século VIII a. C. A canção que era entoada ao som da lira recebia o nome de “lírica”. Entre o som e a palavra havia uma proximidade muito grande, que se estendeu até o século XV. A partir desse século, os poemas se distanciaram da música e passaram a ser lidos ou declamados. Ao gênero lírico pertencem os poemas.
Honoré de Balzac (1799-1850) foi escritor (autor de Pai Goriot, Eugênia Grandet entre outros), mas exerceu diversas outras atividades em busca de maiores rendimentos financeiros. Tentou a vida de negócios: teve uma editora que publicou obras de La Fontaine, Molière e outros. Concentrou investimentos em uma tipografia e numa fundição, que fracassaram. Também foi acionista majoritário do jornal “Chroquique de Paris”, o qual fechou seis meses depois de sua entrada na sociedade. Presidiu a “Societé des Gens de Lettres”, que buscava proteger os direitos autorais e se candidatou à Academia Francesa, onde não foi aceito. Fundou a revista “La Revue Parisienne” que só teve três números publicados.
Sabemos que a literatura muitas vezes apóia-se em fatos já ocorridos na história para a criação de narrativas. Situações ficcionais baseadas em fatos verídicos são comuns nas páginas dos livros que lemos. Mas e quando a literatura se constrói sobre imagens do futuro? Projetando acontecimentos que a própria historia ainda não havia previsto.
Gustave Flaubert (1821 -1880) foi um dos expoentes do realismo na Europa, precisamente na França. “Madame Bovary” é a obra que marca o desenvolvimento da estética realista. É a obra que também o leva aos tribunais acusado de ofensa à moral e à religião, uma vez que a personagem protagonista Emma Bovary, torna-se uma mulher adúltera e que acaba por suicidar-se. O comportamento de determinados sujeitos que assim como Emma, acabam por deixar-se influenciar pelas leituras que fazem é chamado de “bovarismo”.