A ideia surgiu por conta dos festejos do Bicentenário da República Argentina, em 2010, e prosseguiu pelos anos seguintes: na Biblioteca Nacional, uma máquina, ao estilo dos antigos aparelhos que ofereciam cigarros ao custo de algumas moedas, desta vez ofertava livros. Edições do tamanho de pacotes de cigarros saltavam para as mãos do leitor quando em contato com o cobre das moedas de peso argentino: de livros clássicos da literatura argentina a textos contemporâneos da América Latina.
Chamada de ‘Libros del Bicentenario’, a coleção levou para as engrenagens da máquina livros (em miniatura) como El ombú, de Guillermo E. Hudson, Cuentos de la selva, de Horacio Quiroga e Crónicas feministas, de Alfonsina Storni. Há também textos políticos, antologias poéticas, recortes urbanos.
“En toda gran urbe, un ciudadano es aquel que rebusca en su último bolsillo una moneda esquiva. Si aparece, aquí tiene la máquina que se la devuelve en forma de libro, con un evocativo estuche de cigarros”, pode-se ler nas contracapas. Se a moeda aparece, portanto, o leitor desce as escadarias da Biblioteca Nacional e começa a caminhada pela rua Agüero com uma possibilidade nova nos bolsos.
- Autoria: Iuri Müller
- Mestrando da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS