“Desde quando eu era deste tamanhinho, bem pequeninha, eu queria ser escritora. Não queria ser outra coisa, se me perguntassem, e tampouco sabia dizer o motivo. Mas eu queria escrever. Não só escrever: queria viver disso. Quis o destino que muito tarde eu concretizasse meu sonho: muita coisa aconteceu e eu não pude me dedicar ao que gostaria de fazer. Precisava cumprir o lado prático da existência, viver, tentar me assentar no mundo feito gente. Dei aula, fui comerciante, assessora de imprensa, revisora, desempregada — uma coisa angustiada, que não sabia pra onde ir nem como ganhar a vida. (…). Hoje eu sou uma escritora.”
Escritora, jornalista e mestre em Teoria Literária, Cíntia Moscovich já foi reconhecida em concursos e prêmios como o Concurso de Contos Guimarães Rosa, da Radio France Internationale, o prêmio Açorianos de Literatura, o prêmio Jabuti, o prêmio Portugal Telecom e o prêmio Clarice Lispector. Entre seus diversos títulos, destacam-se “O reino das cebolas”, “Anotações durante um incêndio” e sua obra mais recente, “Essa coisa brilhante que é a chuva”.
Na trajetória de Moscovich, que há alguns anos em seu site publicou o depoimento de onde este trecho inicial foi retirado, a história de escrever passou pela Oficina de Criação Literária do professor Luiz Antônio de Assis Brasil, de que fez parte e que virou tema de sua dissertação de mestrado, “O eloquente silêncio: das oficinas de criação literária à conquista da competência para o conto”. Hoje, ela mesma é professora de oficina literária. Para falar de sua formação e da suas obras, Cíntia Moscovich estará na II Festiva – Festa da Escrita Criativa, no dia 31 de outubro, sexta-feira, das 18 às 19 horas, na sala 305 da Faculdade de Letras (prédio 8) da PUCRS. A entrada é franca, inscrições na hora.
Mais informações sobre a programação em http://festivapuc.wix.com/festiva.
- Autoria: Moema Vilela
- Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS