Um experimento do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) levou ao pé da letra a ideia de que, na leitura, entramos na pele do personagem e com ele criamos as mais inesperadas empatias. Um grupo de pesquisadores do instituto desenvolveu uma roupa que, vestida pelo leitor, oferece sensações correspondentes às do protagonista dos livros. São experiências mecânicas e sensoriais que incluem manipulação da temperatura, da iluminação e do som e são enviadas pela veste ao corpo do leitor na medida em que o aparato reconhece a página em que ele está. Mudança de batimento cardíaco, constrição da respiração e do corpo pela pressão de airbags e flutuação de temperatura estão entre as transformações de estado físico e emocional do personagem que são codificadas e retransmitidas.
Como protótipo, os pesquisadores usaram a novela The Girl Who Was Plugged In (1973), de James Tiptree Jr., codinome da autora americana de ficção científica Alice B. Sheldon. No material de divulgação e em notícia dada em primeira mão pelo jornal The Guardian, o MIT escreveu que a ficção sensorial busca novas maneiras de criar e experimentar histórias, induzindo emoções e forjando empatia para além das palavras e imagens.
Um vídeo feito para ilustrar a experiência e divulgar o aparato pode ser visualizado abaixo:
- Autoria: Moema Vilela
- Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS