Um escritor fantasma não é a alma de algum escritor que está assombrando alguém. O termo foi cunhado pela cultura norte-americana (ghost-writer) para designar o trabalho de certos escritores que terminam ou ainda constroem a obra de um escritor famoso. Ele é um fantasma, pois não aparece na publicação do texto, mas existe fora da ficção.
O ofício de escritor fantasma tem sido representado na literatura e no cinema. Jostein Gaarder, autor de “O mundo de Sofia”, conta a história do “Aranha” no livro “ O vendedor de Histórias”. O Aranha escreve tantos romances que num determinado ano, os dez títulos mais vendidos da feira de Frankfurt eram criações suas.
Chico Buarque em “Budapeste” nos apresenta a personagem José Costa, um escritor fantasma que mistura o desejo de ser reconhecido pela sua verdadeira identidade com o prazer de ver suas obras assinadas por outros escritores.
O cinema também nos conta histórias de escritores fantasmas. Lançado em 2010, “O escritor fantasma” de Roman Polanski é a narrativa da trajetória de um escritor contratado para terminar a autobiografia de um político. A trama aos poucos vai se desdobrando e culmina com a morte do escritor. O filme é baseado na obra “O fantasma” de Robert Harris.
- Autoria: Gabriela Silva
- Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS