O centenário de Rubem Braga, nascido em Cachoeiro de Itapemirim (ES) em 1913, oferecerá uma programação farta aos admiradores do escritor, um dos maiores cronistas modernos do Brasil.
“O Velho Braga”, como ele próprio se intitulava desde jovem, começou a escrever em jornais aos quinze anos. Foi ativo nas redações do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, chegando a realizar, entre outras reportagens, a cobertura da Revolução Constitucionalista e a da Segunda Guerra Mundial, a última junto à Força Expedicionária Brasileira. Rubem Braga fundou jornal, criou a Editora do Autor e a Editora Sabiá e, claro, produziu crônicas diárias que lhe conferiram fama de um dos maiores no gênero no país. Seu primeiro livro é a seleção de crônicas O conde e o passarinho(1936), publicado em Minas Gerais quando o autor tinha 22 anos.
Para comemorar seu nascimento, uma grande exposição interativa, de nome “Rubem Braga – Fazendeiro do ar”, percorre as cidades de Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. Realizada pelo Governo do Estado do Espírito Santo e pelo Ministério da Cultura, a exposição foi inaugurada no dia 19 de março.
Até em desfile de carnaval Rubem Braga entrou em 2013. A escola Unidos de Jucutuquara, em Vitória, o homenageou com o enredo “A centenária noite do sabiá da crônica: entre pássaros, palavras, chiquitas e baianas”. No carro abre-alas, os integrantes representavam letras da máquina de escrever de Braga, enquanto bailarinos da comissão de frente se fantasiaram de entregadores de jornal.
Organizações e institutos com programação literária, como o Instituto Moreira Salles, também vêm promovendo rememorações e publicações a respeito do cronista. Em Cachoeiro de Itapemirim, a programação vai até janeiro de 2014, mês de lançamento da 5ª Bienal Rubem Braga, feira literária local.
- Autoria: Moema Vilela
- Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS