Uma tradução dolorosa

Em 2011, a escritora e jornalista Vanessa Barbara, autora, dentre outros, O Livro Amarelo do Terminal (Cosac Naify, 2008) – pelo qual ganhou o Jabuti de melhor livro-reportagem -, foi incumbida de traduzir O grande Gatsby (Companhia das Letras,2011). Uma missão a princípio gloriosa. O romance de F. Scott Fitzgerald foi recebido com entusiasmo ao ser publicado, em 1925, e desde então tem se mostrado perene. Dar-lhe uma nova versão em português tomou cinco meses da vida de Vanessa. Suas recordações do período não são das melhores.

20121203bComo escreveu no blog da editora do livro, seu casamento tinha acabado e ela não estava sorridente como de costume. Resolveu então se refugiar no trabalho. O grande Gatsby, porém, conta uma história de amor que termina de forma trágica.

“Foram cinco meses de perplexidade e angústia, ainda mais porque eu não lembrava o que acontecia no final e ia seguindo”, relembrou Vanessa, que se detinha “em parágrafos misteriosos como os do final do capítulo 2 e procurando obter maior clareza, ainda que doesse”.

A julgar pelas resenhas na imprensa, a tradução ficou muito boa. Mas que doeu, doeu.

Autoria: Luís Roberto Amabile
Doutorando da Faculdade de Letras / PUCRS
Colaboração:
Logotipo Faculdade de Letras da PUCRS Faculdade de Letras / PUCRS