Máximo Górki foi o pseudônimo escolhido pelo escritor russo Aleksei Maksímovich Peshcov (1868-1936); Górki, em russo, significa “amargo”. A escolha do sobrenome está relacionada com a difícil situação de miséria enfrentada pelo dramaturgo, contista e ativista político, antes do reconhecimento de sua obra literária. Além de trabalhar como sapateiro, desenhista, lavador de pratos em um navio e vendedor de frutas, o autor de Pequenos burgueses e Ralé (ambas de 1901) chegou a viajar com um grupo de marginais nômades à procura de emprego, passando fome e frio. A situação era tão difícil que Górki, aos dezenove anos, tentou o suicídio. O tiro atingiu um dos pulmões, tendo como conseqüência uma tuberculose. Depois da tentativa frustrada de dar fim à sua vida, Górki tornou-se marxista e seguidor de Lênin, sendo preso inúmeras vezes e, a seguir, exilado. A derrubada do regime czarista na Rússia, entretanto, evidenciou a importância de Górki, considerado uma das maiores figuras literárias do regime comunista.
Faculdade de Letras / PUCRS