Um conto de Natal

Charles Dickens (1812-1870) chamava o seu A Christmas Carol (apesar de a tradução brasileira ter sido Um conto de Natal, trata-se de um romance) de “meu livrinho natalino”. Modo de falar, pois o sucesso foi enorme. Publicada em 1843, continua sendo até hoje uma história popular. Fala da redenção do velho e aparentemente insensível Scrooge, que recebe a visita de alguns fantasmas que lhe fazem reavaliar o seu modo de viver.

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Paul Auster lírico

Reconhecido pelos romances, roteiros de cinema e ensaios, Paul Auster também publicava poemas na juventude, que foram lançados este ano no Brasil. Poucos leitores de A Trilogia de Nova York ou de O Livro das Ilusões, best-sellers do autor, podiam imaginar Todos os poemas, que compreende a produção de Auster em um período de 1967 a 1979, a partir de seus 20 anos.

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Vanessa Silla e seus escritos urgentes

Mestranda em Escrita Criativa na PUCRS – onde também se graduou em Letras e cursou especialização em Literatura Brasileira – Vanessa Silla é autora de cinco livros. O último deles, Nanotempo (Editora Bestiário), acaba de sair do prelo. O livro se integra a Nanoescritos (2008) e se caracteriza por narrativas breves, que, segundo a autora, refletem a “urgência moderna”. A seguir, ela fala mais sobre seus projetos literários.

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Um diálogo sobre o jovem Werther

Os sofrimentos do jovem Werther (1774) foi muito popular em seu tempo. Inspirou mesmo uma onda de suicídios pela Europa – devido ao seu amor impossível pela prima Carlota, o protagonista se mata com um tiro de pistola. O crítico e escritor Marcelo Backes crava que a literatura alemã divide-se em antes e depois de Werther. Alteia que o romance epistolar de Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) deu início à prosa moderna na Alemanha e ainda antecipou o romance burguês do século 19. Como fazem muitos especialistas, não se cansa de elogiar: “Werther é um fulgor, um raio atravessando o horizonte da Literatura Universal. Construído sobre um arcabouço quase dramático, o acontecimentos sucedem-se num crescendo quase martirizante, anunciando e preparando a catástrofe”.

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Um sanduíche com Allen Ginsberg

Em 1969, Patti Smith encontrou Allen Ginsberg em uma cafeteria em Nova York. Ela estava tentando comprar um sanduíche dez centavos mais caro do que as moedas que trazia no bolso. Ginsberg, para ela “um dos grandes poetas e ativistas do país”, ofereceu-se para pagar o restante – e ainda a chamou para sentar. Deu tempo de falarem de Walt Whitman, até Ginsberg chegar mais perto e perguntar:

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A segunda vez da Carol Bensimon

O primeiro romance de Carol Bensimon (Sinuca embaixo d’Água) foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e do Jabuti de 2010. Antes, as três histórias de Pó de parede já haviam chamado a atenção – o livro foi finalista do Açorianos 2008 na categoria Contos – para a jovem (nascida em 1982) escritora porto-alegrense. Agora, Carol, que no ano passado foi incluída pela revista inglesa Granta no volume “Os melhores jovens escritores brasileiros”, lança seu segundo romance. É sobre esse livro, o esperado Todos nós adorávamos caubóis (Companhia das Letras), que ela falou à coluna.

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Are you sure?

Filomena Marona Beja, escritora portuguesa, estreou na ficção com o romance As cidadãs, em 1998. Autora discreta, quase dez anos depois ficou surpresa ao receber, por A cova do lagarto, o Grande Prêmio de Romance e Novela APE/DGLB. Atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores desde 1982, é considerado um dos mais importantes prêmios nacionais, já tendo prestigiado nomes como José Saramago, Antonio Lobo Antunes, Agustina Bessa Luís, Gonçalo Tavares e Mário de Carvalho.

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