Você sabe qual a inspiração literária para o filme “Fantasia”, de Walt Disney?

A película produzida pela Walt Disney Pictures, em 1940, é inspirada no poema “O aprendiz de feiticeiro”, de Goethe. O autor alemão baseou-se num conto da tradição oral para compor os versos, escritos no final do século XVIII. A história do ajudante de bruxo atrapalhado que se envolve em confusões ao tentar, sozinho, fazer mágicas que mal aprendera com o mestre, entretanto, ganhou popularidade com a interpretação do camundongo Mickey.

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“O pequeno príncipe”: leitura de miss ou de filósofo?

Embora o livro do francês Antoine Saint-Exupéry, publicado em 1943, leve a fama como “leitura de miss”, intelectuais importantes já tornaram públicas suas opiniões sobre a fábula. A história do aviador que, durante uma pane no deserto, encontra um principezinho advindo de outro planeta, na verdade, um asteróide, identificado pelos humanos como B-612, é assim descrita por Heidegger: “Não é um livro para crianças, é a mensagem de um grande poeta que alivia qualquer solidão e pelo qual somos levados à compreensão dos grandes mistérios do mundo. É o livro preferido do professor Martin Heidegger”. O filósofo alemão, estruturador, entre outras coisas, do conceito de “dasein” (o ser-aí ou o ser-no-mundo), ao lado de algumas candidatas de beleza, compõe o vasto público de apreciadores da narrativa. Resta a pergunta: o imaginário popular subestimou a inteligência das misses ou o potencial do livro?

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Já encontrou a sua Cocanha?

A Cocanha é um lugar simbólico e utópico que representa os desejos e as aspirações de uma só pessoa ou de um povo inteiro, em determinado momento histórico. É o lugar da concretização dos desejos, da fartura, da vida digna, da juventude e da felicidade eternas. Esse país imaginário alimentou fatos importantes, como a imigração italiana para o Brasil, e também textos literários e obras pictóricas.

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Você conhece o LivroClip?

O LivroClip, intitulado de “O livro animado na sala de aula”, configura-se como um site da internet que disponibiliza gratuitamente breves sínteses animadas, espécie de videoclips, de clássicos e novidades da literatura. Criados por alguns profissionais do portal Canal do Livro, os “trailers” literários têm por objetivo divulgar obras e impulsionar a leitura, sobretudo entre os jovens O LivroClip, além disso, caracteriza-se como a primeira construção de uma “Livropédia brasileira”, ou seja, utiliza a internet para levar os livros à sala de aula, na forma de animações, dicas de uso e fórum de debates. Clássicos como o conto “A cartomante” e o romance ”Dom Casmurro”, ambos de Machado de Assis; “A metamorfose”, de Kafka; “Dom Quixote”, de Cervantes, entre vários outros, além de alguns lançamentos mais recentes como “O caçador de pipas”, de Khaled Hosseini, encontram-se propagandeados nas vinhetas eletrônicas.

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Você sabe o que é um “biblioclepta” ou “bibliopirata”?

São aquelas pessoas que, amantes dos livros, não resistem e roubam determinado volume de uma outra pessoa ou de uma instituição, conforme pode ser observado nos dois famosos casos a seguir mencionados. No campo da lenda, dizem que D. Pedro II, ao visitar a rica biblioteca do Colégio do Caraça (MG), em 1881, levou consigo, sub-repticiamente, a “Crônica”, de Eusébio Panfílio, obra impressa em 1483, em Veneza. A par da antiguidade, o livro é avaliado, por especialistas como de “pouco valor”. Já no terreno da verdade, a seguinte notícia saiu na revista carioca “Vamos Ler”, em fins de 1943: a Biblioteca Pública de Pelotas (RS) teve furtada de suas prateleiras a primeira edição da obra “Brasil pitoresco”, de Charles Ribeyrolles, por um cidadão que a solicitou no balcão. Cinco minutos depois, o consulente e o livro desapareceram; no mesmo dia, o homem deslocou-se para Porto Alegre, de onde, por trem, despachou o volume para São Paulo, local em que residia. O autor do rapto foi preso; levado à polícia, confessou calmamente o ato e o justificou: ele precisava do livro para uma obra sobre as Missões Jesuíticas que estava escrevendo. Detalhe: a edição furtada tinha vinte quilos e media um metro de comprimento por noventa centímetros de largura.

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Você conhece Sheridan Hope e Ormond Sackler?

Nomes condicionam destinos? Na vida real, algumas coincidências às vezes levam-nos a crer que sim. E na ficção? Será que Sherlock Holmes e Dr. Watson seriam o Sherlock Holmes e o Dr. Watson que conhecemos hoje, se se chamassem, respectivamente, Sheridan Hope (ou Sherrinford Holmes) e Ormond Sackler – nomes originalmente escolhidos para designarem as famosas personagens que habitavam a Baker Street, 221B, em Londres? Difícil responder, mas é sabido que a força de um nome ajuda na composição de uma personagem. Assim, não à-toa, o sucesso de “…E o vento levou” deve-se muito ao forte temperamento da protagonista Scarlett O’Hara, que se chamava, num primeiro momento, Pansy O’Hara. Em tempo: “Pansy”, em inglês, é “amor-perfeito”.

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Você conhece “Escritoras suicidas”?

Trata-se de uma revista literária eletrônica de divulgação da literatura produzida por mulheres ou de homens que se fingem de. O site traz edições mensais e tem como elenco do projeto as seguintes escritoras: Adelaide do Julinho, Adriana Oliveira, Alice Barreira, Assionara Souza Cida Pedrosa, Dona Cecy, Eugênia Fernandes, Florbela de Itamambuca, Jane Sprenger Bodnar, Julya Vasconcelos, Jussara Salazar, Lia Beltrão, Lídia, Líria Porto, Lucélia Majistral, Márcia Bechara, Márcia Maia, Marília Kubota, Mariza Lourenço, Medeea Latour, Nina Rizzi, Patty Flag, Roberta Silva, Ro Druhens, Romina Conti, Santa Maria, Shânkara Lis, Silvana Guimarães, Simone Santana, Suzana Bandeira, Tatiana Alves, Tati Skor, Valéria Tarelho, Verônica Couto e Virna Teixeira.

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Você sabe que poeta disse “Um engano em bronze é um engano eterno”?

Foi Mário Quintana, em 1968, ano em que foi homenageado por sua cidade natal, Alegrete. Ao ser indagado pelas autoridades do município sobre o que achava de ter um busto seu colocado em praça pública, o poeta, com um sorriso maroto, teria respondido que, por modéstia, não poderia aceitar a homenagem, arrematando a negativa com a frase que se tornou famosa: “Afinal, um engano em bronze é um engano eterno”. Os representantes de Alegrete, diante das palavras de Quintana, decidiram venerá-lo com uma grande placa de bronze, na praça central da cidade, em que está escrita a espirituosa resposta. O autor de A rua dos cataventos, O aprendiz de feiticeiro, A vaca e o hipogrifo e Esconderijos do tempo, entre outros, faleceu em 1994.

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