Era Hemingway um sentimental?

Biografia ilustrada sobre a relação de Hemingway e os gatos

Entre todas as características excêntricas de Hemingway, existe uma que é, provavelmente, bem pouco conhecida, e que aliás pouco combina com a persona macho do norte-americano: o escritor de Por Quem os Sinos Dobram e Adeus às Armas era fanático por gatos – ele chegou a ter 57 felinos na sua casa em Cuba. O primeiro, carinhosamente chamado de “bola de neve”, foi um presente do capitão de um navio e tinha seis dedos, o que acabou sendo herdado por muitos de seus descendentes, contados hoje na casa das centenas.

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Programa de Capacitação de Usuários – 2015/2

Boletim Programa de Capacitação de Usuários Treinamentos programados
Banner do Programa de Capacitação de Usuários – 2015/1

Você sabia que a Biblioteca Central mantém um Programa de Capacitação de Usuários (PCU) para a comunidade acadêmica?

O Programa está dividido em módulos específicos, que abrangem desde as normas e regulamento da Biblioteca até a consulta em avançadas ferramentas eletrônicas de pesquisa.

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Alguém entende James Joyce?

James Joyce, Sylvia Beach e Adrienne Monnier na livraria Shakespeare and Company

Se hoje Joyce leva a fama de escritor difícil e incompreensível, talvez a culpa não seja exatamente dele. Ou melhor, se Joyce é um escritor difícil e incompreensível, a culpa talvez não seja de sua criatividade, a culpa talvez seja, pelo menos em parte, de sua caligrafia. Exagero? Não, exagero nenhum: sua letra era tão complicada – à beira do garrancho ininteligível – que a produção de Ulisses (1922) chegou a ser interrompida porque ninguém conseguia datilografar o manuscrito do capítulo 15, o episódio de Circe, quando Stephen e Leopold Bloom deliram no bordel de Bella Cohen.

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O que havia em Viena no final do século XIX?

Viena em 1890 - Divulgação

Há tempos, pesquisadores se esforçam em descobrir o que pode levar uma cidade a reunir, em determinado período da história, um número fora do comum de pessoas às voltas com a criação artística – e, mais do que isso, transformando a arte. Viena, a capital austríaca, é um destes objetos de estudo: nos últimos anos do século XIX, caminhavam pelas mesmas ruas os responsáveis por modificar a pintura, a arquitetura, a música e a literatura, e de levar adiante os conhecimentos da psicanálise.

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O Senhor das Moscas pode ser lido em dó menor?

Presença da literatura na música pop? Nenhuma novidade. Bulgákov influenciou uma das músicas mais famosas dos Rolling Stones, Sympathy for the Devil. Bowie escreveu uma música chamada 1984. O Velvet Underground eternizou Sacher-Masoch em Venus in Furs. Hemingway inspirou o Metallica a lançar uma música também chamada Por Quem os Sinos Dobram. Tolkien e seus hobbits fazem a festa no quarto álbum do Led Zeppelin. Salvo engano, no entanto, um dos autores mais citados pelos músicos, ao mesmo tempo em que é um dos escritores mais esquecidos pelas listas que compilam a relação entre as duas artes, é ninguém menos que um ganhador do Nobel: William Golding.

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Meninos de engenho jogam futebol?

Capa do livro Menino de Engenho, de José Lins do Rego

Se hoje as lideranças do futebol brasileiro estão enroscadas em denúncias e mais denúncias de corrupção, inclusive com um dos ex-presidentes da confederação brasileira preso por uma operação da polícia federal norte-americana, o passado reserva, pelo menos, um nome mais ilustre entre as fileiras de dirigentes: José Lins do Rego. Pois é, o escritor paraibano de Menino de Engenho (1932) e Bangüê (1934), era verdadeiro fanático pelo ludopédio e chegou a ser cartola do rubro-negro carioca, depois de se mudar a trabalho para o Rio de Janeiro.

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