Concurso literário pra quê?

Nascido em Santa Vitória do Palmar (RS), o escritor Guilherme Castro, ganhador do 21º Concurso de Contos Luiz Vilela e menção honrosa no 24º Concurso de Contos de Araçatuba, conta que chegou aos concursos literários seguindo uma lógica bastante comum à formação acadêmica e profissional dele, o Direito. “Na minha área, o povo é muito ‘concurseiro’. Eu também. Quando escrevi meu primeiro conto, coloquei o ponto final e já fui procurar no Google se existiam concursos literários”. Descobriu que existem, e em número cada vez maior, como o leitor pode conferir em sites dedicados a reunir os editais para escritores de língua portuguesa, exemplo do conhecido Concursos Literários.

Colega de Guilherme Castro na pós-graduação em Escrita Criativa da PUCRS, a doutoranda Patrícia Silveira diz: “O que eu senti é que depois de ganhar editais, passei a existir”. Dramaturga e diretora teatral, Patrícia Silveira ganhou três prêmios em menos de um ano, entre eles a Bolsa Ivo Bender de Incentivo à Criação Dramaturgica, promovida pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre e pelo Instituto Goethe, para a elaboração do texto teatral Em um tempo aberto.

Os dois testemunhos apareceram na mesa do dia 4/9 da 1ª Festa da Escrita Criativa (Festiva), Alguns meios para legitimação do artista. Com a participação de Patrícia Silveira, Guilherme Castro e Natália Borges Polesso, a mesa debateu a experiência de jovens autores em concursos e editais que movimentam o sistema literário.

Autoria: Moema Vilela
Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Colaboração:
Logotipo Faculdade de Letras da PUCRS Faculdade de Letras / PUCRS