Matutando essa coluna, descubro que pouco sei do Davi Boaventura. Ele é meu colega no Programa de Pós-Graduação em Letras (ele no mestrado; eu no doutorado), mas nunca estivemos na mesma aula.
Sei que gosta de sorvete (aos sábados ele vai a uma sorveteria do Bonfim, e escolhe a mesa da calçada). Daí decorre que sei que mora no Bonfim (eu também). Que é faixa-alguma cor-escura no judô (bom saber para nunca brigar com ele) e que o negócio dele na hora da sobremesa é ambrosia (dividimos a mesa do almoço uma única vez).
Que tem um livro publicado (Talvez Não Tenha Criança no Céu, Selo Virgiliae, 2012). Que o livro tem uma voz narrativa convincente e que foi elogiado pelo Daniel Galera: “Um retrato sufocante dos estertores de uma adolescência sem rumo”.
Sei ainda que a trajetória do Davi lembra a minha. Ele trabalhava com jornalismo na terra dele, lá em Salvador (eu fazia o mesmo na minha, lá em São Paulo); e parou tudo, ou quase, para estudar Escrita Criativa em Porto Alegre (eu idem).
Não mais do que isso sei do Davi. Mas prometo perguntar. Na próxima sexta-feira, ele participa da 1ª Festiva – Festa da Escrita Criativa. É um dos convidados da mesa de debate O QUE NÃO É DITO EM SALA DE AULA – Novos aspectos de mercado, de gêneros, o escritor profissional e os desafios de fazer literatura no século 21. Será das 18h às 19h, na sala 305 da Faculdade de Letras.
Aqui você encontra a programação completa da Festiva.
- Autoria: Luís Roberto Amabile
- Doutorando da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS