Bustos Domecq é um escritor argentino. Tornou-se conhecido na década de 40 do século XX, suas histórias eram permeadas de mistérios, crimes e personagens estranhos.
Antes de se tornar conhecido, Bustos Domecq trabalhava no jornal Última Hora, publicando suas reportagens no suplemento literário. Sua primeira obra é “Seis problemas para don Isidro Parodi”. É também autor de “Crônicas de Bustos Domecq” (1967) – em que conta as relações que estabeleceu com a sociedade cultural de Buenos Aires. Anos depois (1977) publica “Novos contos de Bustos Domecq”. Desaparece, após escândalo envolvendo um tesoureiro de uma sociedade beneficente. Domecq é uma conhecida referência na literatura argentina.
E nada pode nos convencer de que Bustos Domecq existiu. Exceto a confissão de seus próprios criadores: Jorge Luís Borges (1899-1986) e Adolfo Bioy Casares (1914-1999). Borges aceitou a empreitada proposta pelo amigo, criando um pseudônimo que assinaria a produção conjunta dos dois. O nome foi montado a partir de Bustos que era o sobrenome de um bisavô de Borges e Domecq de um tataravô de Bioy. Segundo Borges: “Quanto às Crônicas de Bustos Domecq, penso que são melhores que tudo o que publiquei em meu nome e quase tão boas quanto qualquer coisa escrita individualmente por Bioy”.
Faculdade de Letras / PUCRS