Na semana passada, a literatura norte-americana perdeu, aos 91 anos, Jerome David Salinger, ou somente J. D. Salinger, autor do clássico “The catcher in the rye” (“O apanhador no campo de centeio”, na tradução brasileira, da Editora do Autor), romance originalmente publicado em 1951. Outros livros dele editados no Brasil são as coleções de contos “Nove estórias” e “Franny & Zooey”, além de duas pequenas novelas reunidas em “Carpinteiros, levantai bem alto a cumeeira/Seymour – Uma introdução”. Mas é por “O apanhador” que Salinger é sempre lembrado. O livro é narrado em primeira pessoa por Holden Caufield, adolescente que, expulso do colégio, vagueia por Nova York, antes de criar coragem para contar aos pais o negativo acontecimento escolar. O modo simples como o enredo aborda as questões suscitadas, aliado à linguagem coloquial, fez com que o romance tenha se tornado um sucesso mundial (estima-se que tenha vendido mais de 60 milhões de cópias), em especial junto aos jovens que, a partir da década de 1960, adotaram o protagonista como um símbolo das necessidades, das inquietudes e dos sentimentos da juventude do pós-2ª Guerra Mundial.
Faculdade de Letras / PUCRS