A página, espaço muitas vezes perdido, recortado ou apenas marcado pelo leitor, tem uma história anterior ao livro. Ela pode ser definida como o espaço preenchido por um texto. Podemos lembrar as tabuletas de barro dos sumérios, as lousas de granito usadas pelos gregos de 5000 a 2000 a.C, ou a tábuas de cera usadas também pelos gregos. Esses artefatos foram criados com a intenção de que se utilizarem os dois lados, por medidas de economia e de manuseio.
O primeiro lado era usado para a tarefa elaborada pelo professor; o lado inverso era o lugar do exercício, onde o aluno reproduzia o texto ditado pelo mestre. Mais tarde com a criação do rolo, a ideia dos dois lados se foi perdendo, para somente retornar com o códice, um suporte de leitura mais cômodo que o rolo. O códice foi o antepassado do livro, no formato que hoje conhecemos. A distribuição do texto dentro do espaço da página, desenhos, iluminuras, formato, margens, e outros atributos foram criados pelos editores ao longo do tempo. A ideia de página como espaço de texto permanece até hoje na elaboração de sites da Internet: os locais utilizados para abrigar as informações são também chamados de páginas.
Faculdade de Letras / PUCRS