A leitura silenciosa surge no século IX quando algumas ordenações começaram a exigir o silêncio durante o trabalho no “scriptorium”. Uma leitura meditativa, de extrema atenção. Embora essa leitura silenciosa fosse muitas vezes considerada estimuladora do sonho e do devaneio. A leitura silenciosa também era considerada como a possibilidade do espaço para o pensamento e para a reflexão, uma vez que não obedecia mais a voz do guia.
A leitura silenciosa tornou-se um hábito apenas no século X. Santo Agostinho nas “Confissões”, narra que Ambrósio, bispo de Milão (também foi canonizado), lia sem mover a língua e em silêncio. Santo Agostinho conta que diversas vezes o encontrou em semelhante estado, o qual era completamente diferente dos hábitos de leitura até então conhecidos.
Hábito que permanece até hoje, a leitura silenciosa acontece nas bibliotecas, em salas de estudo, o silêncio só é interrompido pelo som das teclas de computadores ou de mensagens de celular.
Faculdade de Letras / PUCRS