Você conhece Satolep?

Capa do romance de Vitor Ramil, editado pela Cosac Naify

Satolep (Pelotas ao contrário) é um local que o músico, compositor e escritor Vitor Ramil recorrentemente cita em sua obra musical e literária. Ao mesmo tempo real e imaginária, a cidade, claramente inspirada em Pelotas, localizada no Sul do Rio Grande do Sul, conforma-se a partir do filtro da memória e da imaginação, numa recriação perpétua, em que a ficção e a poesia, muitas vezes, suplantam a realidade e universalizam o particular. Vitor Ramil afirmou, em uma entrevista recente, que Satolep é a sua Macondo, numa referência à cidade-símbolo da obra de Gabriel García Márquez. Não à-toa, nas suas duas mais recentes obras – o disco Satolep sambatown, em parceira com Marcos Suzano (2007), e o romance Satolep (2008), o anagrama com o nome da cidade sulina comparece nos títulos. Músico dos mais criativos da música brasileira – passeando pelo intimismo, pela milonga, pela MPB, pelo tango, pelo experimentalismo – Vitor Ramil nasceu em 7 de abril 1962, exatamente em Pelotas, cidade onde atualmente mora, depois de passar alguns anos no Rio de Janeiro. Em 2009, o músico, devido ao conjunto de sua obra (oito discos, dois romances e um ensaio, “A estética do frio”), foi escolhido o patrono da 36ª Feira do Livro da Praia do Cassino, em Rio Grande, que ocorre até o dia 8 de fevereiro e que tem como tema a “Cultura sem fronteiras”.

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