A leitura silenciosa surge no século IX quando algumas ordenações começaram a exigir o silêncio durante o trabalho no “scriptorium”. Uma leitura meditativa, de extrema atenção. Embora essa leitura silenciosa fosse muitas vezes considerada estimuladora do sonho e do devaneio. A leitura silenciosa também era considerada como a possibilidade do espaço para o pensamento e para a reflexão, uma vez que não obedecia mais a voz do guia.
Gustave Doré (Estrasburgo,1832—Paris, 1883) foi um pintor, desenhista e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros de meados do século XIX. Aos treze anos já desenhava as suas primeiras litogravuras e aos catorze publicou seu primeiro álbum, intitulado “Les travaux d’Hercule” (“Os Trabalhos de Hércules”). Seus desenhos eram esboçados em madeira para depois serem concluídos em papel.
Patativa do Assaré, nascido em 1909 em Assaré, Ceará, tinha como verdadeiro nome Antônio Gonçalves da Silva. Casado com Belinha, com quem teve nove filhos, dedicou-se a vida toda ao trabalho no campo, de onde também tirava o mote de seus versos. Patativa, assim como o escritor argentino Jorge-Luis Borges, ficou cego. Sabia ler, mas não escrever. Seus extensos poemas eram memorizados, e traziam, além de belas sonoridades, imagens instantâneas do sertão nordestino.
As páginas dos livros sempre ocuparam boa parte do espaço da folha. O que sobra chamamos de margem. Também acontecia o mesmo com os pergaminhos, antepassados das páginas atuais. Esses espaços, na Idade Média, eram preenchidos por ilustrações chamadas “iluminuras”, termo derivado do verbo latino “illuminare” que, por sua vez, deriva do latim “lumen”- luz. As iluminuras surgem aplicadas às letras capitulares no início de cada capítulo. Sua elaboração é considerada um trabalho de exímio artífice, devido a seu refinamento e detalhismo. Esse trabalho era destinado aos monges “iluminadores”, os quais iluminavam (pintavam) os manuscritos desde sua concepção até a aplicação da cor, muitas vezes realizada em ouro ou prata. O trabalho dos “iluminadores” era diferente dos “copistas”; esses últimos dedicavam-se exclusivamente ao trabalho de cópia dos textos.
Uma literatura que exige mais fôlego do que atenção. Assim era a escrita de José Saramago (1922-2010). Sua imaginação fez com que se tornasse um dos nomes mais singulares da literatura do século 20. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1998. Seu livro “O evangelho segundo Jesus Cristo” é polêmico e instigante, que discute a fé cristã nos textos bíblicos. Também, “Caim” sua última publicação (2009), é uma construção irônica sobre o Velho Testamento. Por ambas as obras Saramago foi extremamente criticado pelas comunidades cristãs e uma grande parcela dos leitores. Entre suas mais conhecidas ficções está “Ensaio sobre a cegueira” (1995), que foi levado às telas em 2008 pelo cineasta brasileiro Fernando Meireles. Já “Embargo” dirigido por António Ferreira, com lançamento para 2010, é baseado num texto homônimo de “Objeto quase” (1978), livro de contos de Saramago.
A página, espaço muitas vezes perdido, recortado ou apenas marcado pelo leitor, tem uma história anterior ao livro. Ela pode ser definida como o espaço preenchido por um texto. Podemos lembrar as tabuletas de barro dos sumérios, as lousas de granito usadas pelos gregos de 5000 a 2000 a.C, ou a tábuas de cera usadas também pelos gregos. Esses artefatos foram criados com a intenção de que se utilizarem os dois lados, por medidas de economia e de manuseio.
Clássico do cinema americano, “Breakfast at Tiffany’s” ou “Bonequinha de Luxo” é a historia de uma jovem que deseja o luxo das festas e da sociedade novaiorquina. Imortalizada pelo filme de Blake Edwards, Audrey Hepburn viveu o papel de Holly Golightly, moça de pouca virtude e muita beleza. Encontramos na narrativa outras personagens, como um escritor que deseja o sucesso, um vizinho que não gosta de barulho e uma sociedade desesperada pelo luxo e pelo dinheiro.
Acredita-se que a biblioteca mais antiga do mundo e também a mais famosa seja a Biblioteca de Alexandria, ou Biblioteca Real de Alexandria, no Egito. Seu acervo chegava a setecentos mil volumes, entre os quais quarenta a sessenta mil manuscritos em rolos de papiro. A raridade e a quantidade de obras que a biblioteca possuía, renderam-lhe o prestígio de ser a maior biblioteca da antiguidade.
A literatura de viagem se caracteriza pelo sentido memorialista. São as recordações e impressões de determinado olhar sobre um país, região, cidade, pessoas, vegetação e clima que compõem a geografia do espaço visitado. Inúmeros viajantes escreveram sobre o Brasil em diferentes épocas. Debret é um desses viajantes. Continue lendo ›