Camus e o absurdo da vida (e da morte).

Camus

Albert Camus, escritor franco-argelino, Prêmio Nobel de Literatura em 1957, em seus escritos discutia e apresentava o absurdo e o sem-sentido da vida, numa escola literária que ficou conhecida como Existencialismo, influenciada por filósofos como Sartre e Heidegger. Sua principal obra é o romance “O estrangeiro”, cujo personagem principal é Meursault: após comparecer ao enterro da mãe (sem lá conseguir chorar), o protagonista mata um árabe na praia, sem razão aparente. No julgamento pelo assassinato, é trazido à tona o fato de Meursault não ter chorado na cerimônia fúnebre da mãe, o que indiciaria o quanto era pessoa sem remorsos, merecedora, portanto, da pena de morte que, afinal, lhe é imputada.

No começo de 1960 (4 de janeiro), Albert Camus perdeu a vida num acidente automobilístico, em condições no mínimo estranhas (ou absurdas?), já que, no momento do choque com uma árvore, somente Camus faleceu – o motorista, Michel Gallimard, morreu cinco dias depois, no hospital. Outro detalhe é que no bolso do escritor havia uma passagem de trem não utilizada, para o mesmo destino para o qual se dirigia – ele resolveu viajar de carro, na última hora, por insistência de Gallimard.

Vale ressaltar que Camus observou, certa vez, que falecer num acidente de carro seria uma morte destituída de mérito e supremamente absurda. Uma última curiosidade: o relógio do carro parou no instante do acidente, marcando a hora fatal: 13h55min.

Colaboração:
Logotipo Faculdade de Letras da PUCRS Faculdade de Letras / PUCRS