A primeira edição de O Jogo da Amarelinha, o romance monumental de Julio Cortázar, é de 1953. Como os cinqüenta anos de Rayuela (título no original) estão próximos dos cem anos de nascimento do autor, homenagens e publicações estão sendo programadas por aí, como a reedição da obra completa de Cortázar pela editora Alfaguara.
Considerado pela crítica brasileira um clássico da literatura latino-americana de vanguarda, O Jogo da Amarelinha pode ser lido de forma linear ou numa permuta de capítulos, a partir de orientações semeadas pelo autor. O belga-argentino criou um labirinto de leituras que perpassam os dias erráticos do protagonista Horacio no desterro em Paris, se encontrando e se perdendo em questionamentos sobre as artes, as filosofias e a política junto a outros personagens que ficaram na história da literatura moderna – como o pequeno Rocamadour ou a Maga, que dá título à coluna.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Instituto de Letras faz sua comemoração ao livro com um curso de extensão que acontece até novembro deste ano, com leituras e debates conduzidos pelas professoras Liliam Ramos e Karina Lucena. A proposta é de analisar a construção narrativa, as relações com outros textos literários e demais linguagens artísticas presentes no romance.
- Autoria: Moema Vilela
- Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Faculdade de Letras / PUCRS