Mortos que falam

No livro Tumbas (2007), o escritor holandês Cees Nooteboom viaja pelo mundo atrás das lápides de suas celebridades admiradas, especialmente escritores. Com a companheira Simone Sassen, que fez as fotografias, ele percorreu quase uma centena de túmulos de pessoas como Marcel Proust, Pablo Neruda, Julio Cortázar, James Joyce e Simone de Beauvoir.

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Conhecido, além de pelos romances e ensaios, pelo gosto por viagens, Nooteboom é autor do relato Caminhos para Santiago e de uma coleção de histórias de viagens na América. O autor de Rituais tem uma explicação para o prazer de, nos passeios por novas cidades, buscarmos os mortos das nossas vidas: “A maioria dos mortos silencia. Eles não falam mais nada. Eles já disseram literalmente tudo que tinham para dizer. Com os poetas é diferente. Os poetas continuam a falar”.

Vivendo atualmente entre Amsterdã e a ilha de Menorca, Nooteboom já ganhou os prêmios Constantin Huygens e Aristeion, nos anos 1990, e o Prijs der Nederlandse Letteren em 2009. O livroTumbas – Graven van dichters em denkers ainda não foi traduzido para o português.

Autoria: Moema Vilela
Doutoranda da Faculdade de Letras / PUCRS
Colaboração:
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