Textos elaborados por alunos da pós-graduação da Faculdade de Letras da PUCRS.
Na esteira das comemorações dos 120 anos de Graciliano Ramos (1892-1953), um livro inédito foi lançado em outubro de 2012. Garranchos reúne 81 textos, entre crônicas, artigos, crítica literária, discursos políticos, cartas, o primeiro ato de um a peça de teatro inconclusa, o manuscrito de um conto juvenil – todos materiais raros escritos em diferentes momentos da vida do autor de Vidas Secas, entre os anos de 1910 a 1950.
Moacyr Scliar (1937-2011) não tinha ouvido falar de Yann Martel até o canadense vencer, em 2002, o Booker Prize, o prêmio mais importante da língua inglesa. Mas Martel já tinha ouvido – ou ao menos lido – do brasileiro.
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Em 2010, uma reedição de Pelos olhos de Maisie (What Maisie knew), de Henry James, trouxe o livro de novo à atenção dos leitores brasileiros. O romance é uma das obras mais importantes do escritor naturalizado inglês e foi publicado pela primeira vez em 1897. No centro do enredo, está Maisie Farange, abalada pela disputa que se segue à separação dos pais quando ela tem só seis anos de idade.
O francês Auguste Comte (1798-1857) ficou conhecido por ser o fundador do positivismo, um sistema filosófico que bania a metafísica e o sobrenatural para explicar o mundo. Comte defendia a observação dos fenômenos e a aplicação de fatores humanos nas explicações. Teve grande aceitação na Europa de sua época, e no Brasil.
Autran Dourado (1926-2012), escritor mineiro falecido no último setembro, não foi econômico ao falar sobre sua ars poética. Escreveu ensaios, biografias, manual de estilística e ainda abordou a própria formação como escritor no romance Um artista aprendiz. Pelo resultado desse trabalho de artesão, sua obra ganhou, entre outros, o Prêmio Machado de Assis (2008), da Academia Brasileira de Letras; o Prêmio Camões (2000), o Jabuti e o Goethe de Literatura do Brasil por As imaginações pecaminosas (1981), sem contar a inclusão do romance Ópera dos Mortos (1967) entre as obras representativas da literatura universal, em seleção da Unesco.
Em 2011, a escritora e jornalista Vanessa Barbara, autora, dentre outros, O Livro Amarelo do Terminal (Cosac Naify, 2008) – pelo qual ganhou o Jabuti de melhor livro-reportagem -, foi incumbida de traduzir O grande Gatsby (Companhia das Letras,2011). Uma missão a princípio gloriosa. O romance de F. Scott Fitzgerald foi recebido com entusiasmo ao ser publicado, em 1925, e desde então tem se mostrado perene. Dar-lhe uma nova versão em português tomou cinco meses da vida de Vanessa. Suas recordações do período não são das melhores.
Obras literárias de diferentes estilos, épocas e autores, Almoço Nu (William Burroughs, 1959), Crash (J.G. Ballard, 1973) e Cosmópolis(Don Delillo, 2003) não reúnem as qualidades mais óbvias para uma adaptação cinematográfica, mas foram transpostas para a telona através das câmeras do canadense David Cronenberg.