Você sabe em que romance foi inspirado o filme Apocalipse now?

O fillme Apocalypse now, produzido e dirigido por Francis Ford Coppola, estreou em 1979 e marcou época como um grande clássico dos filmes com temática da guerra.

Ambientado na guerra do Vietnã, a história se passa no ano de 1969 e o roteiro acompanha o depressivo capitão do exército americano, Benjamin L. Willard pelas selvas do Cambodja, em sua penosa missão de assassinar o lendário “boina verde”, Coronel Walter E. Kurtz, que havia desertado e, adotando apenas seus próprios parâmetros como lei, comandava um exército de rebeldes.

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O elenco inclui nomes de relevo como Martin Sheen, interpretando o Capitão Willard; Marlon brando, vivendo o Coronel Kurt e ainda: Robert Duvall, Dennis Hooper, Laurence Fishburne e um estreante Harrison Ford. A trilha da Banda The Doors, “The end”, usada na abertura do filme, ambienta com perfeição o clima de tensão, solidão e nonsense, apresentado no desenrolar da trama.

Em sua jornada pelo Rio Nung, embrenhados na selva asiática, o capitão Willard e o destacamento de soldados que o acompanha em sua missão, irão viver experiências de tal forma absurdas e opressivas, que acabarão por afetar a mente de todo o grupo.

O clímax das situações grotescas e perturbadoras causadas pela guerra, será o encontro de Willar com o Coronel Kurt. O capitão descobre que Kurt tornara-se uma figura quase mística, adorada pelos nativos e irá enfrentar a luta ética de confrontar essa situação com a realidade de seu histórico de eliminar inocentes que contrariam suas ideias, pondo em xeque a legitmidade da própria missão.

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O filme de Coppola foi inpirado no romance de Joseph Conrad Coração das trevas, publicado em 1902. Coppola aproveitou o ambiente da trama e aspectos da narrativa do romance, mantendo independência quanto ao roteiro.

O cenário do livro de Conrad são as selvas africanas e o enredo habita o universo do imperialismo europeu e sua exploração brutal dos povos colonizados.

Os aspectos incorporados ao filme de Coppola, ficam por conta da trajetória do protagonista do romance, Charles Marlow, um marinheiro veterano, ancorado em Londres, que relembra uma viagem de trabalho que fez para uma empresa de extração de marfim. Marlow viaja pelo Rio Congo indo até as profundezas do continente africano, contratado para resgatar um lendário comerciante, Kurtz, que abandonou as atividades mercantis e instaurou uma sociedade independente no coração da áfrica, tornando-se um ícone da região.

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O centro do romance é o percurso realizado pelo marinheiro, numa viagem que faz com que a personagem sofra profundas transformações psicológicas, ao mesmo tempo em que denuncia os absurdos da colonização europeia.

Dono de uma prosa densa e articulada com movimentação e minucioso estilo descritivo, Joseph Conrad é talvez, um dos mais viscerais escritores que a literatura ocidental já produziu.

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A narrativa de seu Coração das trevas, além de ser uma obra literária marcante forneceu material para que o trabalho de Copolla confirmasse a máxima que diz: é possível fazer um péssimo filme a partir de um bom roteiro, mas é impossível fazer surgir um filme grandioso de um roteiro ruim.

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