Considerado um clássico dos anos 1960, “O lobo da Estepe” (1927), de Hermann Hesse, conquistou boa parte da geração hippie. Tematizando a inadequação do indivíduo à sociedade, o romance critica a vulgarização da vida burguesa e seus valores. “Era uma vez um certo Harry, chamado Lobo da Estepe. Andava sobre duas pernas, usava roupas e era um homem, mas não obstante era também um lobo das estepes. Havia aprendido uma boa parte de tudo quanto as pessoas de bom entendimento podem aprender, e era bastante ponderado. O que não havia aprendido, entretanto, era o seguinte: estar contente consigo mesmo e com sua própria vida”. Essa é uma das descrições do protagonista, o intelectual e misantropo Harry, que caminha pelo mundo como um lobo solitário.
Colaboração:
Faculdade de Letras / PUCRS
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