Nosso imaginário é repleto de personagens que lemos nas histórias ficcionais. Desde a infância eles compartilham nosso cotidiano, evocando aventuras que nós humanos, não podemos realizar. Alice, personagem criada por Lewis Carroll (1832-1898), pseudônimo de Charles Lutwidge Dodson, em 1865 é um bom exemplo disso.
A criação de Lewis está dividida em duas obras: Alice no País das Maravilhas (1865) e Alice através do espelho e o que ela encontrou por lá (1872) ambas as edições foram ilustradas pelo inglês John Tenniel. Elaboradas para entreter as filhas de um homem importante na época, Henry George Liddell (vice-chanceler da Universidade de Oxford), durante um passeio pelo rio Tamisa. A narrativa bem sucedida foi então colocada no papel.
A história da menina que persegue um coelho e acaba caindo num mundo desconhecido e irreverente agrada a adultos e crianças. Primeiro porque as criações do autor são inusitadas: coelhos que estão sempre atrasados, chapeleiros que dão conselhos a reis, um reino em que todos são cartas de baralho, um homem em forma de ovo, dois gêmeos que passam o tempo todo brigando, entre tantas outras personagens que habitam o País das Maravilhas. E o outro componente da narrativa que desperta o interesse no leitor são brincadeiras com a linguagem, com a criação de palavras e as críticas à política e a sociedade da época que perpassam o tempo e se mantêm vivas no texto.
O cinema trouxe Alice para o movimento do écran, uma primeira versão foi criada em 1903 numa edição muda; Walt Disney colocou à disposição das crianças uma versão repleta de cores e animais simpáticos, que caracterizou a personagem pelo vestido azul e branco (1951). A tecnologia a serviço do cinema contemporâneo também nos oferece uma Alice, previsto para ser lançado ainda em 2010, Alice no País das Maravilhas sob a direção de Tim Burton, é uma inusitada mistura de cores com o efeito 3D.
As aventuras de Alice são constantemente revistas pelas editoras e diversos ilustradores, e a proximidade do lançamento do filme, trouxe às livrarias uma gama de edições diferentes. A editora Cosac&Naify apresenta as duas obras em uma versão com efeito tridimensional na qual Alice passeia pelo País das Maravilhas criado com colagens e sobreposições. A Zahar também lançou no mercado uma edição dupla com as histórias de Carroll e as ilustrações originais de John Tenniel. Também a L&PM têm a versão pocket de ambas as histórias do autor inglês.
E ainda há a Biblioteca Central da PUCRS que disponibiliza diversas edições de Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho e o que ela encontrou por lá. Se você ainda não conhece a fabulosa história de Alice, suas aventuras e andanças por um universo completamente fantástico, está na hora de ir até à biblioteca ou à livraria mais próxima.
Faculdade de Letras / PUCRS